
Ernesto Che Guevara tinha 31 anos. O fotígrafo cubano Alberto Korda trabalhava para o diário Revolución. As duas trajetórias convergiram para um palanque em Havana horas depois do atentado contra o barco La Coubre, em março de 1960. Fidel Castro convocara a população para um ato público de luto pelas mortes na orla. Jean-Poul Sartre e Simone de Beauvoir estavam em Havana e foram ao comício. Munido de uma máquina fotográfica Leica, Korda flagrou os oradores. Depois, percorreu a tribuna com a lente. E encontrou Che. Korda fez duas chapas. Revelou-as e gostou do resultado, mas o Revolución arquivou o negativo, que durante sete anos ficou na gaveta. No verão de 1967, o editor italiano Giangiacomo Feltrinelli foi a Cuba em busca de imagens para um livro e descobriu o registro de Korda. Em outubro, com a morte de Che, na Bolívia, o olhar triste do revolucionário começou a girar o mundo. É uma das imagens mais produzidas no século XX.
Nenhum comentário:
Postar um comentário